O salão é o novo confessionário?

Por Roberta Quintino
Quem nunca saiu do salão de beleza mais leve do que entrou? Não falo só do cabelo renovado, da unha impecável ou da pele bem cuidada. Falo daquela sensação de ter colocado para fora angústias, desabafos e até segredos guardados a sete chaves.
O salão, muitas vezes, vai além da estética. É um espaço de acolhimento, onde histórias são compartilhadas entre esmaltes, escovas e hidratações. Cada cadeira vira um pequeno confessionário moderno — sem batina, mas com muito afeto, escuta e cumplicidade.
Nós, profissionais da beleza, não trabalhamos apenas com tesouras, secadores e pincéis. Trabalhamos com autoestima, mas também com emoções.
É comum clientes se abrirem sobre relacionamentos, maternidade, trabalho e inseguranças. E, nesse momento, o salão se transforma em um lugar de confiança, onde cada palavra é recebida sem julgamento.
Claro, não somos psicólogos. Mas temos o privilégio de estar perto de pessoas em momentos de vulnerabilidade e, com um gesto simples, oferecer colo e coragem. Às vezes, a beleza está em uma boa escuta, em um sorriso ou em um “vai dar certo”.
No fim, o salão é sim um tipo de confessionário — um espaço onde, ao mesmo tempo em que cuidamos da imagem, também fortalecemos a alma.

Empreendedora , especialista apaixonada pelo universo feminino e pela transformação que a autoestima proporciona, Roberta construiu uma trajetória marcada por inovação, qualidade e cuidado com cada detalhe. Seu espaço não é apenas um salão, mas um ambiente onde beleza, acolhimento e profissionalismo se encontram.