Seminário com famílias e mostra de projetos é promovido por Educação Especial
A Educação Especial como modalidade inclusiva tem como objetivo desenvolver a capacidade crítica da sociedade em entender que todas as pessoas têm habilidades e formas diferentes de apreensão do conhecimento. Para a coordenadora da Educação Especial da Secretaria de Educação de Vitória (Seme), Carla Gagno, o papel da escola é ser mediadora participativa desse processo, subsidiando, mediando, compreendendo e incentivando crianças e estudantes.
Por isso, no último sábado (03), a coordenação realizou o “Seminário com famílias: mostra de projetos de enriquecimento curricular”, dentro do programa de altas habilidade e/ou superdotação. O evento ocorreu na Escola Municipal de Ensino Fundamental (Emef) Álvaro de Castro Mattos, em Jardim da Penha,
O objetivo do seminário é para que o estudante público das altas habilidades possa encontrar com seus pares e suas famílias para mostrar o que desenvolveram ao longo do ano letivo, instigando ainda mais o desejo pela pesquisa, o aprimoramento, a autoestima e a troca de experiências.
A secretária de Educação de Vitória, Juliana Rohsner, também esteve no seminário. “Ver esse auditório cheio é a certeza de que ninguém faz nada sozinho. E vocês, pais, responsáveis, avós, pessoas que convivem com os nossos estudantes, se unem à escola para fazer o melhor. Sabemos de todos os desafios que envolvem a educação especial, seja da alta habilidade ou de outros transtornos, deficiências, especificidades. Cada coisa tem seu grau de dificuldade. Mas, mais do que isso, a educação de Vitória vê a possibilidade. É isso que a gente se orgulha. Ser diferente é muito bom. Mas que a nossa diferença jamais seja obstáculo. Pelo contrário, ela tem que impulsionar porque o mundo precisa de todas essas diferenças. Agradeço a todos os professores e famílias aqui presentes, sem vocês nada disso é possível. Vamos seguir juntos nessa caminhada por uma educação de fato inclusiva, uma educação que de fato transforme e que eles aprendam cada vez mais”.
Atualmente, são 167 estudantes com altas habilidades e/ou superdotação matriculados na rede municipal de ensino.
“Esse evento representa o encontro, a curiosidade, a confraternização, o estímulo, a vivência, o reconhecimento do trabalho dos estudantes, da escola e das famílias. Nós estamos aqui hoje seguindo os objetivos do documento orientador da área de altas habilidades, que propõe desenvolver o pensamento científico, estimular as trocas e experiências dos estudantes das diferentes unidades de ensino, por meio de projetos de enriquecimento em áreas de interesses e potencialidades de cada um. Além de dar devolutiva dos projetos desenvolvidos às escolas, às famílias e à comunidade escolar, disseminando conhecimentos e práticas”, destacou a coordenadora da Educação Especial, Carla Gagno.
A equipe da coordenação da Educação Especial ressaltou o papel fundamental do gestor escolar e dos professores especializados para o aporte e subsídio às pesquisas desenvolvidas pelos estudantes no Atendimento Educacional Especializado, nos projetos de enriquecimento curricular.
O seminário
As seis unidades de ensino que são referência no atendimento aos estudantes com altas habilidades e/ou superdotação estiveram presentes na atividade. São elas: Emef Álvaro de Castro Mattos; Emef Alvimar Silva, de Santo Antônio; Emef Maria José Costa Moraes, de São José; Emef Maria Madalena de Oliveira Domingues, de Jardim Camburi; Emef Padre Anchieta, de Ilha de Santa Maria; e Emef Vercenílio da Silva Pascoal, de Joana D’Arc.
Entre as atividades desenvolvidas pelos estudantes houve apresentações musicais; exposição de trabalhos de pesquisa sobre saúde mental, arte e moda; lançamento de livros; leitura de poesia autoral; além de trabalhos sobre stop motion (técnica de produção de animação) e scratch (linguagem de programação visual baseada em blocos).
Davi Viana, 12 anos, estudante da EMEF Álvaro de Castro Mattos, foi um dos alunos que apresentaram o trabalho no Seminário. “Eu fiz uma pesquisa sobre Antoni Gaud, arquiteto catalão, um dos grandes inovadores da estética moderna espanhola. Para mim, o maior arquiteto que o mundo já viu. Além de artistas, também me interesso muito por países, bandeiras e cultura. Com essa pesquisa, gostaria de atrair mais o interesse da juventude para as artes”.
Programa de enriquecimento escolar
O Programa de Enriquecimento Curricular para estudantes com altas habilidades e/ou superdotação começa quando o estudante é encaminhado pelas unidades de ensino para a Coordenação da Educação Especial da Seme, através do relatório descritivo, por meio da observação direta da equipe escolar. Depois, a equipe analisa o relatório e o encaminha para uma das seis escolas de referência da rede.
Na escola de referência, a família é convidada para dialogar com o professor especializado, que atende a turma de altas habilidades e auxiliará na condução dos projetos de interesse de cada estudante em suas respectivas áreas de interesse, para potencializar e aprofundar habilidades e talentos. Os projetos e práticas de enriquecimento curricular podem ser estimulados no âmbito escolar, nas salas de recursos com professores especializados e nas instituições parceiras, públicas e privadas.
O Atendimento Educacional Especializado (AEE) ocorre sempre no contraturno, como uma ação suplementar do currículo escolar. A metodologia é o enriquecimento curricular através de projeto de interesse nas áreas de conhecimento do currículo. Anualmente, é realizada uma mostra dos projetos de enriquecimento dos estudantes que são os protagonistas do processo.
Na Educação Infantil, são observados os sinais de precocidade demonstrados por algumas crianças nos diferentes grupos etários. Neste caso, se os registros de sinais precoces da criança forem demonstrados nos relatórios de avaliação da Educação Infantil até o seu ingresso nas Escolas Municipais de Ensino Fundamental, poderá dar início ao processo de avaliação pedagógica na sala de aula comum e nas salas de recursos de referência.
Fonte: PMV
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