Muro do Porto de Vitória será transformado em mural artístico que celebra a história portuária do Estado

O muro que cerca o Porto de Vitória, entre a portaria da Vports (na Ilha do Príncipe) e o antigo aquaviário (no Centro da capital), vai ganhar um mural artístico com 703 metros quadrados de pintura. A proposta faz parte de um projeto cultural da concessionária Vports para valorizar a arte urbana e promover a requalificação da região portuária e do Centro de Vitória.
Assinado pelo artista capixaba Raí Bolzan, o mural será uma espécie de linha do tempo, dividida em oito fases. A narrativa começa com a chegada da primeira embarcação à região em 1545 e segue até os dias atuais, destacando momentos históricos e os principais produtos comercializados ao longo das décadas, como o café e outros itens agrícolas. A ideia é mostrar como a trajetória do porto se entrelaça com o desenvolvimento do Espírito Santo.
A preparação do muro já começou neste mês de agosto, com a reforma da estrutura para receber a pintura, processo que deve durar cerca de 30 dias. Em seguida, será iniciada a etapa da pintura com tinta spray, estimada para mais 30 dias de trabalho.
“A arte urbana tem esse poder de ressignificar espaços e valorizar a memória. Queremos contribuir com a requalificação da cidade e consolidar Vitória como um polo de arte urbana”, afirma Raí Bolzan, que pinta desde os 12 anos e atua profissionalmente desde 2012.
O projeto foi viabilizado pela Lei de Incentivo à Cultura, com curadoria e produção executiva da CIX Produções, responsável também pela condução das etapas técnicas e legais junto ao Ministério da Cultura. A Timenow participou como apoiadora institucional.
“O projeto é uma forma de reconectar a cidade à sua própria história. É simbólico que isso esteja acontecendo no coração do porto, um lugar de partidas, chegadas e transformações”, diz Gabrielle Saraiva, advogada e produtora executiva da iniciativa.
Para o diretor-presidente da Vports, Gustavo Serrão, o mural artístico reforça o compromisso da concessionária com o desenvolvimento sustentável e a integração entre o porto e a cidade. “Temos um porto em operação que é parte da vida e da história da cidade. Queremos fortalecer esse diálogo com a população e valorizar também a arte e a cultura local.”
Sobre o artista
Natural de Cachoeiro de Itapemirim, Raí Bolzan começou a produzir arte nas ruas ainda jovem. Hoje, atua em diversos estilos, com obras que vão de murais a telas detalhadas e realistas, sem abandonar as paredes das cidades como meio de expressão. Uma de suas ilustrações mais conhecidas, “Vegetação Tibetana”, foi criada durante a pintura externa de um templo budista em Vitória e tem como objetivo transportar o observador para um ambiente contemplativo.

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