Macaco bugio é resgatado na Ilha das Caieiras

Um macaco da espécie bugio-ruivo (Alouatta guariba) foi resgatado pela Serviço de Recolhimento de Animais Silvestres, da Secretaria Municipal de Meio Ambiente (Semmam), na Ilha das Caieiras, nesta terça-feira (05). Esse primata foi descoberto por pescadores locais boiando nas águas da Reserva Ecológica do Lameirão.

O bugio, que aparentava estar debilitado e com sinais de exaustão, foi levado para avaliação da saúde, realização de exames, recebimento de medicação preventiva e ter alimentação necessária para que possa ser novamente devolvido à natureza quando estiver em condições de retorno.

Ele deverá ser solto em seu habitat, conforme indicações da equipe técnica que avalia o animal.

Segundo o secretário municipal de Meio Ambiente, Tarcísio Föeger, há uma possibilidade de o macaco ser oriundo da região de matas do Mestre Álvaro, mas que com o aparecimento do bugio será feito um estudo para verificação da espécie.

“Não há registros de bugios em Vitória. Há levantamentos de faunas sendo feitos em unidades de conservação, como o Lameirão, Fonte Grande, Vale do Mulembá, e em nenhum deles foram encontrados esta espécie”, apontou.

Bugio-ruivo

O bugio-ruivo é uma espécie de primata do Novo Mundo que habita o leste e sudeste do Brasil e a província de Misiones na Argentina. A coloração consiste de um castanho escuro, com região lombar variando de uma tonalidade ruiva a alaranjada. São conhecidos pelo fato de que quando se sentem ameaçados, eles defecam em sua mão e jogam na pessoa, causando sensação de queimação.

A espécie é, majoritariamente, folívora (à base de folhas), comendo outros itens alimentares de forma casual. Entretanto, há uma grande seletividade nas espécies de plantas consumidas por esses primatas.

Serviço de resgate

Para quem encontrar um animal silvestre fora do seu habitat natural, a Secretaria Municipal de Meio Ambiente orienta a ligar imediatamente para o Serviço, seguir as orientações e aguardar o profissional fazer o recolhimento.

O animal será avaliado e poderá ser reintroduzido diretamente à natureza, em um dos parques naturais de Vitória, ou levado ao Instituto de Pesquisa e Reabilitação de Animais Marinhos (Ipram), ou para o Cetas, em Barcelona, na Serra.

O atendimento do Serviço de Recolhimento de Animais Silvestres é feito acionando o serviço Fala Vitória 156.

Fonte: PMV