Início da Quaresma e da Campanha da Fraternidade: Tempo de Reflexão e Solidariedade
Começou a Quaresma para os católicos e também tem início à Campanha da Fraternidade 2024, cujo tema é: “Fraternidade e Amizade Social”, com o lema: “Vós sois todos irmãos e irmãs” (Cf. Mt 23,8).
Neste ano, a Campanha da Fraternidade, assumida pelo episcopado brasileiro, completa 60 anos num movimento de oração, conversão e solidariedade que gerou muitos frutos na Igreja e no Brasil, diz a Conferência Nacional dos Bispos (CNBB).
“Serão cinco semanas intensas de mobilização, que culminarão na Coleta Nacional da Solidariedade, no dia 24 de março, e em todas as celebrações do fim de semana do Domingo de Ramos”.
A Coleta Nacional da Solidariedade é fundamental para garantir o apoio a muitas iniciativas solidárias de empreendedorismo comunitário, combate à fome, entre outras, indicadas pela própria Igreja espalhadas pelo país, sempre ligadas ao tema da própria Campanha de cada ano, conforme divulgado nos editais do Fundo Nacional de Solidariedade (FNS).
Em 2023, a Campanha da Fraternidade foi refletida e vivenciada sob o tema “Fraternidade e fome”, diante da situação de retorno do país ao Mapa da Fome. Com recursos da Coleta Nacional da Solidariedade do ano passado, o Conselho Gestor do FNS realizou três reuniões. Foram aprovados 240 projetos indicados pelos bispos e distribuídos R$ 6.577.799,88 em todo país.
Mensagem do Papa
A mensagem do Papa Francisco para a Quaresma 2024 tem o título “Através do deserto, Deus guia-nos para a liberdade”. No texto, ele diz que a humanidade atingiu “níveis de desenvolvimento científico, técnico, cultural e jurídico capazes de garantir dignidade a todos”, mas o risco é que, sem rever os estilos de vida, se caia na “escravidão” de práticas que arruínam o planeta e alimentam as desigualdades.
“A forma sinodal da Igreja, que estamos a redescobrir e cultivar nestes anos, sugere que a Quaresma seja também tempo de decisões comunitárias, de pequenas e grandes opções contracorrente, capazes de modificar a vida quotidiana das pessoas e a vida de toda uma coletividade: os hábitos nas compras, o cuidado com a criação, a inclusão de quem não é visto ou é desprezado”, diz o Papa.
Dessa forma, ele convida toda a comunidade cristã a fazer isto: oferecer aos fiéis momentos para repensarem os estilos de vida; reservar um tempo para verificarem a presença no território e o contributo que oferecem para o tornar melhor.
“Ai se a penitência cristã fosse como aquela que deixou Jesus triste! Também a nós diz ele: «Não mostreis um ar sombrio, como os hipócritas, que desfiguram o rosto para que os outros vejam que eles jejuam» (Mt 6, 16). Pelo contrário, veja-se a alegria nos rostos, sinta-se o perfume da liberdade, irradie aquele amor que faz novas todas as coisas, a começar das mais pequenas e próximas. Isto pode acontecer em toda a comunidade cristã”.
Fonte: ES Hoje
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