Dia de Alegria: Acolhidos pela Assistência Social Desfrutam de Lazer na Praia
Que as terapias tradicionais têm potencial para auxiliar no tratamento e ressocialização de pessoas não se discute. Quando associadas a outras práticas, parece que a positividade dos resultados é duplamente incontestável. Como foi registrado entre os acolhidos do Abrigo para pessoas em situação de Rua com Transtorno Mental (AT1), na manhã da sexta-feira (20), à beira mar.
Sentimentos de tranquilidade, emoção e alegria predominaram entre o grupo que foi à praia da Guarderia, numa atividade voltada à promoção da inclusão, melhoria da qualidade de vida, combate ao preconceito, fortalecimento de vínculos e sensação de pertencimento a cidade. Mas o que aconteceu à beira mar foi além do planejado pela equipe do espaço.
Ana Paula Nascimento Rocha, de 46 anos, mais de 15 deles vividos em espaços de acolhimento institucional de Vitória, esbanjava alegria ao ver o mar, sentimento que só não foi maior do que a emoção do primeiro mergulho na água. “É que tinha muito tempo que eu não entrava no mar”, falou ela. Acompanhada da equipe do projeto Praia Acessível e do AT1,
Ana Paula foi retirada de sua cadeira de rodas e acomodada na cadeira especial de acessibilidade até o mar. “Gostei muito de estar aqui. Foi um dos melhores passeios que já fiz. Eu queria muito vir e, agora, quero vir mais vezes. Dentro d’água só pensava coisas boas”, revelou Ana Paula.
Na juventude, antes do acidente que a tornou pessoa com deficiência física, Ana Paula nadava e, desde então, nunca mais voltou à pratica devido à falta de acessibilidade. Por isso, a oportunidade da ida à praia significa muito para os acolhidos, como explicou a psicóloga Úrsula Souza Campanaro.
Úrsula comentou que Ana Paula entrou no estado de euforia já no comunicado da ida à praia. “Ela gritou, bateu palmas, gritou “, completou ela. A psicóloga disse que a atividade vai além de ir à praia. “É uma satisfação poder promover inclusão, convívio social, qualidade de vida, atuar para que acessem direitos e para que tenham condições de ir a lugares que são comuns a todos”, destacou
Ao entrar na água, outra acolhida do AT1 Raiane Gama Lemos, de 21 anos, comentou que estava gostando de tudo, menos de pisar na areia. “Está quente demais”, explicou ela. Raiane fez questão de acrescentar “gostei também do lanche”.
“Atividades desenvolvidas nos espaços dos acolhimentos institucionais vão muito além de promover as atividades de rotina, com criatividade e proporcionando experiências que fazem vivenciar momentos que ficarão para sempre na memória dos acolhidos, visando o fortalecimento dos vínculos comunitários, a autonomia e a garantia de direitos”, ressaltou Carla Scardua, secretária de Assistência Social em exercício.
Fonte: Prefeitura de Vitória
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