Dia da Consciência Negra: Ações e eventos alusivos são realizados pelos serviços da Assistência Social
Crianças e adolescentes que participam de atividades no Centro de Convivência (Centro de Convivência) de Nova Palestina se uniram a idosas numa ação intergeracional, realizada no Centro de Convivência de Andorinhas, para celebrar o Dia da Consciência Negra, comemorado em 20 de novembro.
Amanda Lisboa, de 9 anos, há dois participando de atividades no Centro de Convivência de Nova Palestina, disse que no espaço vem aprendendo a ter muito orgulho de si. “Aqui, estou me transformando em uma menina ainda mais potente. Aprendi violão, artes, dança. Tenho orgulho de mim”, disse ela.
As mulheres idosas foram unânimes em falar da importância da atividade desenvolvida no Centro de Convivência Andorinhas que ressaltou a história do povo negro, desde os tempos em que foram trazidos como escravos do continente africano às dificuldades da “escravidão” dos tempos atuais; abordou as contribuições culturais, literárias, gastronômicas, artísticas e econômica para o crescimento do país; e exaltou homens e mulheres negras referências na luta pela liberdade, resistência e evolução.
“Todo mundo é igual. Ajuda muita gente entender o que é preconceito e não ter mais. Diante de Deus somos todos iguais. Os negros já sofreram muito com a escravidão”, comentou Zenair Maria da Silva Guimarães, de 73 anos.
Ilza Maria Conceição, de 77 anos, fez questão de contar era sua primeira vez participando de uma atividade no Centro de Convivência de Andorinhas. Mesmo morando próxima ao local, ela contou que só soube do serviço ao receber uma visita domiciliar da equipe apresentando o serviço. “Recebi o convite e vim. Fico só dentro de casa sozinha. Aqui, já encontrei algumas amigas que não via há tempo. Espero fortalecer antigas amizades e fazer outras”, comentou ela.
“É ruim o preconceito? É! Mas somos fortes para lutar contra o racismo. Amo minha cor, minha pele. Me sinto bonita quando me olho”, disse a adolescente Karla Michelly.
Aos 11 anos, Jadyane Nathaly disse considerar essencial falar sobre o tema. “Já ví vídeos e fiquei muito comovida. Já sofri bullying. Minha mãe teve que ir na escola. A escola tem um papel importante no combate ao racismo. Eu tenho certeza de que beleza não tem cor. Eu me acho muito bonita”, ressaltou ela.
Celebração
O Centro de Convivência de Nova Palestina recebeu a exposição Negritudes, para celebrar o Dia da Consciência Negra. O projeto Mulemba Raízes da Cultura Afro Brasileira, ressalta as conexões entre as tradições africanas, como o congo, a dança, a Capoeira e Maculele. Reforçando a importância da memória e da identidade cultural por meio de apresentações artísticas de dança e exposições.
Além disso, foi realizada a oficina de confecção da boneca Abayomi – criada na época da escravidão. A boneca era confeccionada pelas mulheres negras com pedaços de suas saias, único pano encontrado nos navios negreiros, para acalmar e trazer alegria para todos.
O Centro de Convivência de Andorinhas enfeitou o espaço com as cores da África para receber as crianças, adolescentes e idosos que participam de atividades no local. No local ocorreram apresentações de Congo (Centro de Convivência Maria Ortiz), Carimbó (NISPI Jaburu), Capoeira (Centro de Convivência do Quadro e Centro de Convivência de Andorinhas) e Dança Afro (Centro de Convivência de Andorinhas).
De acordo com a coordenadora do espaço, Isabel Cristina dos Santos, “um dos objetivos do evento foi mostrar a beleza e a importância da influência africana em todos os ciclos etários. Desde suas cores, sua musicalidade, comidas típicas, os movimentos corporais e a alegria contagiante que é passada de geração em geração, cada uma aprendendo um pouco e deixando um pouco de si na construção dessa linda história”.
Para a Secretária de Assistência Social de Vitória, Cintya Schulz, realizar ações intergeracionais nos Serviços de Convivência e Fortalecimento de Vínculos (SCFV) trazem o objetivo do serviço de respeitar as diferenças de experiências e compartilhar vivências. Agregar a uma data tão importante, a secretária é firme ” Precisamos construir um mundo cada vez mais antiracista, com práticas antiracistas e por isso é importante que os serviços da Assistência Social dialoguem sobre esta violência que é o racismo”.
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