Crianças Contribuem para Preservação da Mata Atlântica no Parque da Fonte Grande

Crianças Contribuem para Preservação da Mata Atlântica no Parque da Fonte Grande

LEONARDO DUARTE
Dia Nacional da Mata Atlântica
Plantio de mudas de espécies nativas no Parque da Fonte Grande.

Crianças dos Centros de Convivência de Nova Palestina e de Santo André deram um gesto importante em prol da Mata Atlântica na capital. Na tarde desta segunda-feira (27), dia em que se comemora em todo o país a conservação desse importante bioma, o grupo composto por mais de 60 alunos plantou várias mudas de espécies nativas. O local escolhido foi o Parque da Fonte Grande, localizado no “coração” do Maciço Central da capital, e um dos maiores remanescentes de florestas protegido por lei em área urbana do país.

A iniciativa faz parte da parceria do Bando Interamericado de Desenvolvimento (BID) e é uma das etapas para a recuperação de 90 hectares de cobertura florestal, o que dá aproximadamente 200 mil espécies nativas que serão inseridadas nomeio ambiente do município de Vitória. A ação, ainda, é fruto do Programa VixFlora, que está em deenvolvimento com projetos de recuperação de restinga e enriquecimento florestal nas unidades de conservação da cidade.

“Com as árvores, vamos poder ajudar a preservaar o meio ambiente, a mata atlântica, e também a gente, respirando melhor”, apontou Hilary Alves da Silva, de 10 anos, que ajudou a plantar uma muda de espécie nativa. Thais dos Santo, de 6 anos, também participou do plantio. “Estamos aqui para cuidar bem da natureza”, enfatizou.

Geração que veio para recuperar e tomar conta

O prefeito da capital, Lorenzo Pazolini, ressaltou que Vitória é umas cidades do mundo que tem um parque com grande cobertura vegetal perto da casa de todos, em que os moradores podem respirar ar puro e conviver com natureza. “Hoje, celebramos a sua presevação, e para não deixarmos perder o que temos plantamos novas espécies para que, em alguns anos quando vocês, criancas, retornarem aqui, vão lembrar que ajudaram a conservar a Mata Atlântica”, afirmou o prefeito.

“A nova geração e as futuras que virão são conhecidas como uma geração de recuperar, de fazer com que áreas verdes maravilhosas iguais a esta voltem a ser um pouco daquilo que a natureza oferece. Cada dia mais agente vem desenmvolvimento vários projetos importantes, dentre eles este que estamos promovendo este plantio de espécies nativas da Mata Atlântica e que a cidade de Vitõria desenvolve ações para a presevação da área verde”, destacou o secretário Municipal de Meio Ambiente, Tarcísio Föeger.

A secretária Municipal de Assistência Social, Cintya Silva Schulz, lembrou que crianças que ajudaram a plantar as mudas de espécies nativas participam do programa que é desenvolvido pela Semas e estão sempre em ações integrativas que são desenvolvidas pelo Meio Ambiente.

“Os parques de uma forma geral fazem parte do terrítório que estas crianças estão inseridas. E elas estão aqui num compromisso, de serem guardiãs. E as famílas delas querem, por muito tempo ainda, ir ao parque, usufruir de um lugar tão interessante e gostoso que é o Parque da Fonte Grande, além de outros que temos na cidade. Sabamos que é preciso ter ações ambientais e também sociais, unidades com a sustentabilidade”, ressaltou.

Ações verdes

A atual gestão do município tem realizado o aumento de áreas verdes permeáveis, com o desafio de plantar uma muda de espécie nativa por habitante da cidade, por meio do Programa Vix Flora. Para alcançar a meta, a prefeitura vem desenvolvendo diversos projetos com recursos próprios e em parcerias com organizações civis e empresas.

Também promoveu a criação de novos parques e desenvolve o Programa Vitória + Verde com ações que visam a melhoria e a modernização dos parques naturais da cidade. Recentemente, atualizou o inventário da arborização urbana com a identificação de mais de 34 mil árvores localizadas em áreas públicas, como canteiros centrais e laterais, alamedas, praças, recantos, rotatórias e orla da cidade.

“A recuperação de áreas verdes na capital tem possibilitado o retorno da biodiversidade local por meio de iniciativas e investimentos. Vários projetos envolvem o restabelecimento da cobertura vegetal, a preservação de matas e a identificação da qualidade e a quantidade de água em nascentes da cidade”, explicou o secretário de meio ambiente.

Parque da Fonte Grande

Em seu terreno de 218 hectares, o que equivale a uma área de aproximadamente 218 campos de futebol, o Parque de clima quente e sujeito a muitas chuvas ao longo do ano, conserva uma cobertura vegetal com predomínio de floresta secundária de Mata Atlântica em vários estágios sucessionais, representantes da floresta original. ele tem árvores centenárias, vegetação rupestre, encontrada nos afloramentos rochosos, e uma fauna variada, composta de répteis, anfíbios, invertebrados, pequenos mamíferos e aves.

“A Fonte Grande é um local muito representativo da nossa capital. O parque desenvolve sentimentos de pertencimento, de valorização da Mata Atlântica, que contribui para a qualidade de vida da nossa cidade. Quando a gente cuida com carinho, a gente tem uma área verde e uma cidade preparada para todas as gerações”, observa o secretário Tarcísio Föeger.

Dia da Mata Atlântica

Em 27 de maio é comemorado o Dia Nacional da Mata Atlântica. A data é uma referência a quando Padre Anchieta assinou a Carta de São Vicente, documento no qual descreveu, pela primeira vez, a biodiversidade das florestas tropicais nas Américas, ainda em 1560.

A Mata Atlântica é a segunda maior floresta tropical do Brasil e sua biodiversidade é uma das maiores do planeta: milhares de espécies vegetais e animais ocorrem apenas nela. Esse bioma, atualmente, compreende 15% do território brasileiro e está distribuída por 17 Estados, entre o Piauí e o Rio Grande do Sul, e também está em parte da Argentina e Paraguai.

LEONARDO DUARTE
Dia Nacional da Mata Atlântica
Plantio de mudas de espécies nativas no Parque da Fonte Grande.