Cras Inhanguetá Promove Ação Educativa sobre a Importância da Primeira Infância
Apropriando-se da máxima “a união faz a força”, o Centro de Referência da Assistência Social (Cras) Inhaguetá foi até o Centro Municipal de Educação Infantil (Cmei) Yolanda Lucas para falar com mulheres, mães e outros cuidadores de crianças de zero a seis anos (primeira infância), sobre a importância da atenção e cuidados nessa fase da vida.
A proposta do Cras é realizar a roda de conversa em todos os equipamentos públicos da região que atendem crianças na faixa etária de zero a seis anos e/ou famílias cujos filhos tem essa idade. Será proposta esta ação em todos os Cmeis que atendem as crianças de 0 a 6 anos além de unidades de saúde, Hucam, faculdades, dentre outros.
Todos são atores na militância pela proteção da primeira infância . “Queremos e precisamos fortalecer a primeira infância. Este foi um projeto piloto que dá sinais de que é o caminho para estarmos mais próximos das famílias para proteção dos direitos das crianças”, disse a assistente social Aline Castro.
A ação foi bem recebida pela Jaqueline Ribeiro de Jesus Oliveira, de 41 anos, que teve nove gestações e, hoje, é mãe de seis filhos (20, 18, 16, 14, 7 e 5).Ela contou que, em 2015, decidiu largar o emprego para se dedicar exclusivamente à educação e cuidados dos filhos. “Abri mão do trabalho para estar presente na vida deles. Para mim, isso é o mais importante. Tentei conciliar a vida de trabalhadora doméstica, de faxineira, mas não deu”, disse ela.
Ao ser questionada se valeu a pena, Jaqueline demonstrou que sim ao dizer: “Minha filha de cinco anos já sabe ler e escrever. Não tenho problemas com meus filhos”. Para Mainã Simões, de 28 anos, mãe de “primeira viagem” de uma menina de um ano, a roda de conversa sobre a primeira infância foi muito importante, principalmente, como proceder quando a criança faz birras.
“Foi importante ouvir que a gente deve conversar com a criança primeiro, que a gente deve “se afastar”, refletir e depois expressar o sentimento e conversar sempre com a criança”, comentou. Mainã revelou que nunca tinha parado para pensar sobre o quanto é importante o cuidar na primeira infância. “Nunca tinha pensado o quanto isso afeta na vida adulta”, declarou ela.
Ela complementou que ficou mais tranquila depois de ouvir histórias de outras mães, os problemas que passaram e as explicações e dicas de especialistas (nesse caso de uma psicóloga e uma assistente social do Cras sobre a importância da primeira infância”)
Já Regina Célia Ferrera, de 59 anos, mãe de sete filhos, avó de 16, sendo quatro deles sob sua responsabilidade direta, disse que participar da roda de conversa foi uma benção. “Estou vivendo uma turbulência. Saber que carinho, atenção são importantes para as crianças e eu estou dando é muito bom. Não quero ver meus netos passando por situações de maus tratos”, falou ela. Regina comentou que “as crianças estão sem roupa, sem calçado. Falta bens materiais, mas não falta amor, paciência para cuidar deles”.
Na avaliação da psicóloga do Cras Inhaguetá Clarissa Leal esse trabalho está sendo importante para aproximar e fortalecer a rede intersetorial, aproximando também as famílias da escola e do Cras. “Com isso, possibilita a sensibilização da primeira infância, o fortalecimento de vínculos familiares e comunitários. Estou muito feliz com o encontro de hoje”, disse a psicóloga.
A parceria com o Cras foi considerada um sucesso pela diretora do Cmei Yolanda, Zenaira Pereira Ramos. Segundo ela, é fundamental esse trabalho intrelaçado e próximo. ” A criança é a mesma. Assim, podemos oferecer um atendimento mais qualificado. Isso é muito importante para as famílias”, defendeu a diretora do Cmei.
A secretária de Assistência Social, Cintya Schulz, disse que a iniciativa do Cras Inhaguetá demonstra o trabalho de prevenção e promoção social realizado pelos trabalhadores do Sistema Único da Assistência Social (Suas),
“Nosso esforço pela primeira infância busca o cuidado dos laços afetivos fortalecidos, possibilitando que a família exerça sua função protetiva e de mediação com o mundo. Cuidar da primeira infância é cuidar do futuro da cidade e prevenir situações de fragilização de vínculos que impactam na vida familiar “, destacou a secretária.
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