Participação na gestão escolar é debatida no encontro de estudantes conselheiros
Uma tarde de muito diálogo e troca de experiências entre estudantes reuniu 108 conselheiros estudantis, das Escolas Municipais de Ensino Fundamental de Vitória (Emefs), para o “I Encontro com Estudantes Conselheiros de Escolas”. Eles foram eleitos para o triênio 2022-2025 como representantes dos educandos nesse espaço de representação e gestão, presentes em todas as escolas. A ação foi promovida pela secretaria Municipal de Educação (Seme), por meio da Gerência de Gestão Escolar (GGE).
O evento, realizado no auditório do Parque Botânico da Vale, que fica em Jardim Camburi, destacou a importância da participação estudantil na gestão escolar, além de fortalecer o protagonismo estudantil. A participação promove a troca de experiências entre os estudantes de todas as regiões do município, reflexões, construção de novos conhecimentos e sugestões.
Para isso, a equipe da GGE promoveu atividades de integração do grupo, além de dinâmicas interativas, utilizando tecnologia e o meio ambiente, estimulando a troca de experiências e interação entre os estudantes.
O encontro também foi um momento formativo sobre a estrutura e atuação do Conselho de Escola, além de conhecerem o percurso para a utilização e prestação de contas dos recursos financeiros recebidos. Os estudantes conselheiros são a voz dos demais estudantes e, com o apoio da equipe gestora, promovem diálogos com os representantes de turma e realizam assembleias de estudantes para ouvir e registrar as demandas, para que sejam levadas às reuniões do Conselho de Escola.
Jacqueline Bressan, gerente de Gestão Escolar, falou sobre a importância do encontro. “Estamos aqui no parque da Vale, com os estudantes conselheiros, que representam suas escolas. É muito importante que os estudantes entendam o papel que eles têm nesse processo de construção da escola e participação de todas as ações que a escola está construindo para eles”, afirmou.
A ação faz parte de uma série de formações que são realizadas pela Seme com os representantes de turma, que visam a incentivar os estudantes a participarem de espaços de diálogo e decisão, como explica o coordenador de Acompanhamento aos Conselhos de Escola e Colegiados Estudantis (Coces), Rafael Leite.
“O principal objetivo do Encontro é o fortalecimento do Conselho de Escola, a partir da qualificação da participação do segmento dos estudantes nesse colegiado, privilegiando, assim, a gestão democrática da escola pública. O encontro tem a intenção de privilegiar a fala e a escuta atenta dos estudantes e promover a reflexão quanto a importância da atuação e representação estudantil para a unidade de ensino”, destacou.
Gestão compartilhada
Os estudantes aproveitaram o encontro ao máximo para tirar dúvidas e fazer sugestões, além de entender melhor o papel que o Conselho de Escola tem em cada unidade de ensino. O movimento também é importante para compartilhar estratégias e possíveis dinâmicas a serem desenvolvidas para apoiar o processo de gestão escolar.
Claudia dos Santos, estudante indígena da Emef Zilda Andrade, fala sobre a importância da representatividade. A estudante afirma, “que o papel é importante pois não está só se representando mas, também, a todos os estudantes da escola. Se faço algo errado, posso influenciar alguém, por isso, estou sempre me cobrando para ajudar a todos que consigo.” Sobre sua etnia, Claudia diz que é muito bom para vencer o preconceito. “Sou a única indígena em minha escola, e acho que é algo novo.”
A estudante Sara Castelo, da Emef Arthur da Costa Silva, fala um pouco sobre como se sente exercendo seu papel de representante de estudantes “é bem legal ser representante de estudantes. Sempre estamos compartilhando ideias sobre como podemos melhorar a escola. Falamos também sobre reformas e temos voz para dar sugestões.”
Já o João, representante da Emef Maria Madalena de Oliveira Domingues, afirma que é “muito legal ser representante de estudantes e ser a voz dos estudantes para que a escola possa melhorar. Eu quis ser representante dos estudantes no conselho porque gosto de interagir.”
O estudante Wender Ribeiro, da Emef Éber Louzada Zippinotti, diz que é mais do que um dever ser representante. “É legal e interessante. Sou uma pessoa muito comunicativa, então gosto de sempre conversar e ouvir, além de resolver o problema das pessoas. É um papel que ajuda a me fortalecer e a aos outros. É uma via de mão dupla”, afirma o representante.
Fonte: PMV