SOE une mulheres em busca de uma vida mais saudável

SOE une mulheres em busca de uma vida mais saudável
Aula do SOE para as Guerreiras da Prainha de Santo Antônio

Elas levantam cedo e saem de casa, quase todos os dias, certas de que estão indo na direção de uma vida com mais qualidade, saúde e otimismo. Assim se apresentam as Guerreiras da Prainha de Santo Antônio, um grupo de mulheres, em sua maioria com mais de 50 anos, que praticam atividade física regularmente no módulo do Serviço de Orientação ao Exercício (SOE) da Prainha de Santo Antônio.

O nome surgiu no início de 2020, durante a pandemia, quando o professor de educação física Aguinaldo Garcia de Freitas Junior, conhecido como professor de Junior, buscava incentivar suas alunas a continuarem se exercitando, mesmo em casa, com as videoaulas do SOE. Em março de 2020, todas as atividades coletivas foram suspensas, inclusive as realizadas pelo Serviço, devido à crise sanitária provocada pela Covid-19.

“Em um momento de tanta incerteza, perigo, busca por proteção, elas lidaram com tudo isso e ainda mantiveram o compromisso de continuar com as atividades físicas em suas rotinas. Juntos percebemos que o apelido carinhoso, Guerreiras da Prainha, realmente tinha tudo a ver com elas, determinadas, demonstrando superação e conquistas, não apenas diante da pandemia, mas também perante as diversas demandas que elas administram todos os dias como casa, família, trabalho. Guerreiras como tantas mulheres diante da situação em que viviam.”, contou Júnior.

Dentre as mais de 40 alunas que frequentam regularmente as aulas do SOE da Prainha, está a Maria da Penha Dutra, 75 anos, moradora do bairro Estrelinha. Ela conta que há 15 anos descobriu o SOE passando pelo local, entrou para uma aula e não saiu mais. Para Maria da Penha, fazer parte das Guerreiras da Prainha é como uma terapia. “Gostei do nosso nome, ele nos deu ainda mais ânimo pra continuarmos unidas e amigas, ao nos fazer lembrar que juntas somos mais fortes e somamos às vidas umas das outras”, explicou Maria da Penha.

Heloisa Ribeiro dos Santos, 59 anos, utiliza o Serviço há cerca de 20 anos, antes mesmo do SOE chegar na Prainha. “Aqui, no início, era um grupo pequeno que foi aumentando e aumentando.Mas sempre tem lugar pra mais um, quem vier será sempre muito bem acolhido. Ninguém vai reparar na sua roupa, no seu desempenho, porque esse é um lugar pro esporte, mas também pra você encontrar saúde, amigos, autoestima, alegria e disposição pra fazer todas as tarefas que virão ao longo do dia”, declarou Heloísa.

Zelinda Scarlot, 67 anos, moradora de Santo Antônio, frequenta o SOE há 12 anos. Ela conta que caminhava em frente ao módulo até que um dia foi chamada a participar. Zelinda afirma que frequentar o SOE e ser uma das Guerreiras da Prainha é sua prioridade, como forma de autocuidado em sua saúde física e emocional. “De manhã só tenho um compromisso: minha atividade física. Levanto da cama direcionada a vir pro SOE. O que tiver que fazer, fazemos depois, afinal o dia é grande. O corpo humano não têm peças de substituição, então cuidar dele é um investimento em você mesmo. Se a gente não estiver bem, não conseguimos cuidar nem dos outros, então é preciso se cuidar”, afirmou.

O professor Júnior ressalta que o SOE é um serviço completo de saúde, unindo tanto os benefícios dos exercícios físicos, como o fortalecimento muscular e da autonomia para as atividades de rotina, quanto os ganhos que o convívio social proporciona, como bem-estar e saúde mental. E ressalta que essas atividades estão ao alcance de qualquer morador de Vitória.

“Da mesma forma que temos as Guerreiras da Prainha, temos várias outras Guerreiras espalhadas pelo município de Vitória. E pra participar é muito simples, basta procurar um dos módulos do SOE, distribuídos em diversos locais da cidade, ou a sua unidade de saúde de referência. Com certeza, encontrarão profissionais altamente qualificados e apaixonados pelo que fazem, conscientes da importância do trabalho que entregam pra população”, disse Júnior.

 

Fonte: PMV