Santo Antônio se destaca pela tradição e bela vista da Baía de Vitória
No extremo oeste da capital capixaba, um lugar guarda surpresas para quem por aquelas bandas se aventura. Santo Antônio, margeado pela Baía de Vitória, é o bairro mais antigo de Vitória. A história da região começou no início do século XX, quando se estabeleceram na parte plana do bairro algumas famílias de migrantes estrangeiros que comercializavam no mercado da capital.
A área ocupada fazia parte da Fazenda Santo Antônio, de propriedade do Estado, que foi loteada e vendida no Governo de Jerônimo Monteiro, em 1910. Naquela época, o lugar não tinha perspectivas de crescimento e era considerado uma área à parte, longe do centro da cidade. Na década de 40, chegaram ao bairro dois padres Pavonianos, que iniciaram um trabalho social ligado à igreja, em favor da comunidade. A visão expansionista dos Pavonianos, além do aspecto de assistência às famílias carentes, ficou expressa na construção do Santuário de Santo Antônio, que hoje é a maior referência do bairro.
Santuário-Basílica
Inaugurado em maio de 1971, o Santuário de Santo Antônio ocupa uma área de 575 m² e tem capacidade para receber cerca de duas mil pessoas. Em 11 de agosto de 2008, o Santuário foi elevado à categoria de Basílica.
De imponente e belo estilo arquitetônico, a única basílica do Espírito Santo se caracteriza pela simetria de suas formas. Fiel imitação da igreja bramantesca de Nossa Senhora da Consolação – um templo do século XVI da cidade de Todi, na Itália -, o santuário foi construído pelos padres Pavonianos com ajuda dos moradores da região na década de 60. Em maio de 2010, a Basílica recebeu o registro de Patrimônio Histórico Municipal, passando a incorporar a lista de imóveis preservados no Estado.
Influenciado pelo Renascimento italiano, caracterizado pela perfeição e simetria das formas e medidas, o santuário apresenta uma bela cúpula central e quatro semicúpulas laterais, além de vitrais que irradiam grande luminosidade. Em seu interior, o visitante pode contemplar a escultura do crucifixo feita por Carlo Crépaz e os afrescos executados pelo pintor italiano Alberto Bogani.
Santo Antônio hoje é um bairro residencial, onde o tradicional convive harmoniosamente com o atual. Há casas de um ou dois pavimentos, outras antigas e algumas em ruínas, sendo a maioria delas habitada pelos proprietários. Ali se alojam várias gerações da mesma família. O bairro também reserva opções para quem gosta de aproveitar um bom samba de raiz: todas as segundas-feiras, no Clube de Pesca, acontece uma roda de samba de primeira, conhecida como “Segunda sem Lei”.
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