Representante de Vitória na Vanguarda: Professora Participa de Conferência Mundial sobre Mudanças Climáticas
O valioso projeto educacional “São Cristóvão Sustentável”, desenvolvido na Escola Municipal de Ensino Fundamental (Emef) “Orlandina D’Almeida Lucas”, que fica no bairro São Cristóvão, rompeu os muros da unidade de ensino e foi socializado pela professora Marina Castro na COP 28, a conferência climática das Nações Unidas que está sendo realizada em Dubai.
A educadora participa do programa Ensina Brasil, que tem a missão de desenvolver lideranças e projetos educacionais nas comunidades escolares de maior vulnerabilidade social, e participou da “Green Zone” da COP 28, que é um espaço voltado para diversas instituições e lideranças compartilharem experiências e soluções climáticas, com foco em discutir a importância da educação para mitigar as mudanças climáticas.
Além disso, ela foi selecionada por falar inglês fluentemente. Marina contou um pouco sobre o sentimento de levar o projeto São Cristóvão Sustentável para além da comunidade escolar onde atua.
“Acho que o meu sentimento de poder trazer o São Cristóvão Sustentável pra cá é poder mostrar o trabalho que a gente está fazendo expandindo esse debate, saindo de Vitória, do bairro São Cristóvão e poder falar para o mundo. A gente precisa implementar o ‘São Cristóvão Sustentável’ em todas as escolas, a gente precisa ter coleta seletiva, reciclagem de lixo, reutilização de água, composteira em todas as escolas, porque isso é um tema urgente. Então acho que vir pra cá e trazer isso e ouvir o que os outros professores estão falando é poder colocar o nosso país e colocar a nossa cidade num cenário mundial de realmente uma transformação a partir da base”, disse a professora.
A professora falou sobre a forma como o projeto tem transformado, pouco a pouco, a maneira com que a comunidade escolar se preocupa com o meio ambiente, uma vez que os estudantes são multiplicadores do conhecimento que adquirem dentro das atividades do projeto.
É gratificante ter a oportunidade de falar como esse projeto mudou a vida de muitos alunos, e também dos seus pais. Eu ouvi de uma aluna minha, Samily, do oitavo ano, que disse que na casa dela a família está separando o lixo. Então, acho que essa é a ideia, que a gente possa fazer com que as pessoas mudem mesmo a relação delas com a natureza, e não só pensando numa escala global, mas pensando no que a gente pode fazer no nosso dia a dia e mudando nossas práticas, e deixando isso para as próximas gerações”, pontuou.
A professora Marina ainda fez questão de frisar que, apesar de estar representando o projeto na conferência, os grandes protagonistas da experiência são os estudantes da Emef. “Eu reforcei muito pra eles, antes de vir pra cá, que eu estava vindo aqui representar a gente, porque o projeto ele não é meu, o projeto ele é dos alunos. Quem construiu o São Cristóvão Sustentável, quem construiu a horta, quem implementou a coleta seletiva, quem dialogou com os alunos, quem fez a gincana do São Cristóvão Sustentável, foram os alunos. Então, eu acho que eles conseguem se sentir parte disso e se sentir importantes, e realmente vendo que de pouquinho em pouquinho, de passo em passo, a gente consegue mudar as coisas”, destacou.
São Cristóvão Sustentável
Unir escola, família e comunidade na construção de um ambiente escolar consciente sobre a preservação da natureza e com práticas cotidianas corretas de descarte de resíduos sólidos, para que futuramente isso se torne parte da cultura no bairro. Esses são os objetivos do projeto “São Cristóvão Sustentável”.
Para atingir esses objetivos, a escola tem realizado várias atividades de sensibilização com os estudantes ao longo do ano letivo. Teatros, apresentações, gincana, palestras do Recicla Capixaba e da Rede Urbana Capixaba de Agroecologia (Ruca), além de atividades educativas sobre coleta seletiva, descarte de resíduos e alimentação saudável estão entre as ações realizadas.
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